quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Momentos muito difíceis. Tento não deixar a tal deprê me atacar, porque quando essa cadela vira-lata vem, arranca pedaço.
Amigos de verdade se faz com o tempo? Não.
Será possível se fazer amigos assim, “click”, num estralar de dedos? Sei que agora, quando mais preciso posso contar com amigos verdes, mas muito maduros.
Um anjo me acolheu. Faço muita bagunça e tiro muita liberdade dele, mas como é um anjo, parece saber as escolhas que faz. Fico menos desesperada.
Sim, eu desesperei!
Quando paro pra pensar em tudo que aconteceu até agora, nesses 3 meses e 4 dias que estou em Curitiba, eu pasmo. Milagres acontecem da água pro vinho, da cerveja pra xiboca e assim vai.
O Beck acabou. Estou ouvindo Luscious Jackson, City Song.
“When I'm about to go crazy
cause I'm still living here
I just get my friends together
and we dance, dance, dance
cause this is the state of the world
this is the state of the world
this city tells me what it's like to live”
Era uma casa muito engraçada
não tinha teto não tinha nada
ninguém podia entrar nela não
porque na casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
porque na casa não tinha parede
ninguém podia fazer xixi
porque pinico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos número zero.

Será que o Vinicius de Moraes viveu num ovo, ou passou pelo o que passo?

sexta-feira, 3 de agosto de 2007


Quisera eu

Ter todo discernimento
satisfazer os teus anseios mais ocultos
mergulhar em aguas límpidas
e trazer à tona
o mais divino entendimento.

Quisera eu
ser um "ser" mais complascente
fazer-me entender
e entender-te tambem
de uma forma diferente...

Mas sou um ser mortal
com todos os defeitos inerentes
a um ser buscador
neste plano de guerras e mazelas
fugindo de conflitos e quimeras
no desejo incessante
de somente aplicar o amor.

Marina Mayer



* Vai dizer que minha mãe num é uma linda?
Essa não é uma boa hora para escrever, mas não há como fugir. A angustia me atordoa e meu desejo era dormir. Não consigo.
Tento achar uma saída, acabo fugindo, sinto-me fraca. Não quero ir mais a fundo, parece que não dá pé.
“Seja forte, Flávia. Você consegue.”
Como assim?
Lógico que não vou morrer. Eu consigo, mas não na hora que quero, e isso machuca.
O segredo, fiquei sabendo, é o pensamento positivo. Esse tal pensamento gera ilusão, expectativa, a fonte da frustração. E assim segue o ciclo.

Cameron Tiede
"Oswald’s Nightmare"