quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É a segunda vez que começo a me despedir. E dessa vez vai dar certo.
Esse blog foi muito importante pra mim. Ele ainda é, mas eu sinto que ele já está morto, faz um tempinho.
Fico triste de não conseguir mais escrever tudo o que vem a minha cabeça. Não sei o que aconteceu.
Como último post não poderia deixar de dar "Tchau, Blog!".
Você sempre estará no meu coração!
=*
Me despeço com uma ilustração de uma das minhas artistas favoritas.

segunda-feira, 29 de junho de 2009


Esperava por algo incrível, um boa historia, noticia, o que fosse, para voltar a escrever. Talvez inspiração, mas esta num aparece a um bom tempo.
Hoje é o primeiro dia, desde que minha filha Luiza nasceu, que ela não chora.
Ela não chorou hoje!
Daqui alguns dias ela completa 4 meses.
Hoje especialmente eu posso dizer que ela é um bebê bem bonzinho. Hahahaha!
Eu fui boazinha, minha mãe disse. O Fred também foi.
Ultimamente, digo, desde que ela nasceu, tenho pensado muito mais do que o normal e também me sinto capaz de coisas antes impossíveis.
Complicado escrever tudo o que passei e o que espero passar neste post.
Mas aqui começa, mais uma vez, o que não teve fim.
Beijos a todos!

terça-feira, 7 de abril de 2009


Hoje a Luiza completa 1 mês!
Ela está mais linda, gordinha e esperta a cada dia que passa!
Estamos muito felizes!!!

Cada situação eu tenho passado ... não vejo a hora de ter internet e tempo para contar...
=*

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Saber não vale de nada quando não se sabe agir.



Sinto-me péssima por me sentir incapaz de algumas atitudes mais adultas e racionais, quando muito necessário.
Ser adulta e racional assistindo TV é facil. Amenizar, acalmar, ajeitar, colocar as coisas em seus lugares e tomar a decisão mais certa nos momentos tensos é que é difícil.
Queria 1 min de compreensão. Ser ouvida sem interrupção.



Blog:.
De todos os posts, acredito que comecei cerca de 40% aos prantos, sem enxergar as teclas, como hoje. Lá pela 100ª palavra eu melhoro. Algumas vezes eu nem posto o que escrevo, por vergonha ou medo de parecer muito sensível... Um desabafo.

Psicólogos e Psiquiatras:.
Nunca me dei bem com ambos. Por um momento, entre uma sessão e outra, eu percebo que estou conversando com um ser humano, com defeitos, traumas, preconceitos, etc. Quando isso ocorre eu perco totalmente o respeito. É incrível!

Amigos:.
No exato momento não tenho ninguém muito presente. Alguém para ligar, conversar ... Distrair, ver o lado menos negativo da vida.
Amigo? Amiga? Não... não agora. Talvez quando eu não precisar.

Falam para eu não ficar triste, porque a Luiza sente.
Por que ninguém nunca me diz como fazer isso?
Já me falaram que é falta de Deus, fase, doença mental, aura azul, tudo... Menos uma solução.

Nessas horas, quando não vejo uma saída e me sinto bem perdida, deparo-me com uma certa verdade. A Espera.
Esperar compreensão, esperar ser valorizado, esperar um carinho, esperar alguém, um bebê, uma ligação. Essa aflição doi demais.
Sempre procuro me policiar, para não esperar nada de ninguém. Só quando fico triste e me sinto sozinha percebo que vacilei comigo mesma. Dormi no ponto e sonhei.

: Ilustração de MKT4 :

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009



"O tempo passa. O tempo voa."
Continuo numa boazinha, cultivando a paciência do oitavo mês de gestação.
Esse retiro me deixou um pouco amarga.
Minha vida atualmente não tem 80% a ver com a vida de 8 meses atrás. Uma vida perdida, sem base, cheia de diversão.
Já fui muito capaz de me divertir sozinha e agora sinto alguma dificuldade com isso. Sempre procuro constatar que a culpa é minha, não exatamente sobre isso, mas sobre tudo o que acontece ao meu redor.
Até agora engordei 9,5kg, não me sinto muito mal com isso, mas não vejo a hora de poder me movimentar livremente, ir e vir, subir e descer ... Sei que estou toda limitada e como passo muito tempo sozinha começo a não me sentir muito ótima.
Nunca gostei de almoçar, lanchar ou jantar sozinha. Eu gosto de ter alguém me vendo usando os talheres, mesmo que não me acompanhe.
... Que carência...



Essas pequenas coisas se acumulam, junto a ansiedade de ter a Luiza comigo, e os dias se tornam dificeis.
A chegada da Luiza, trará um enorme alivio físico, fará das minhas tarefas algo motivado e não obrigatorio. É isso que eu quero.
Cultivar o vazio de fazer as coisas por fazer, por necessidade ou obrigação, foi algo que eu literalmente fugi minha vida toda, e hoje ela se parece muito com isso.
Essa situação me perceguiu por muito tempo, me deu rasteiras, mesmo na velocidade de uma tartaruga. Hoje eu me movimento como uma lesma, e essa realidade magoa.



Minha sorte, e as vezes o que me faz sorrir, é saber que eu sou muito capaz de mudar o meu mundo, de uma hora pra outra. Pra melhor, ou pior ...
Nesse momento de crise o melhor é esperar. É uma fase,né?
Mais uma!

# Ilustração de Béatrice Billard #

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Feliz Ano Novo!
2009
... Eeeelaiá!

As únicas coisas que passam pela minha cabeça quando escuto “Dois mil e nove” é Luiza e Fred. Vem a minha mente como um carimbo gigante. “Pof!”.
Este ano me tornarei mãe. Ai, chega me dar uma coisa.
Eu sempre, sempre, sempre sonhei em ser mãe. Uma loucura, uma necessidade, curiosidade, ansiedade... Tudo misturado.
Não fiz nenhuma lista de objetivos e metas. Não... Ainda não.
Daqui umas 7 ou 8 semanas me sentirei mais a vontade para pensar nessas coisas. Preciso ver o rosto da Luiza e preciso que ela veja o meu. Nada de planos até que isso ocorra.
Quero o Fred cada dia mais.
Outro dia admiti que nunca fui de ninguém. Foi meio difícil ver isso, mas é verdade. Por mais que eu já tenha amado e desejado outras pessoas, com o Fred é diferente.
Muito diferente!
Tento controlar essa força que existe dentro de mim, para que tudo seja perfeito e calmo. Já chorei muito e não me canso de me esforçar para que fiquemos juntos por muitos e muitos anos!
É o amor, hum?
Quem diria...

(Ilustração de Ken Wong)

Bah! Eu achei 2008 um ano doido.
Presenciei coisas de novela mesmo.
Paixões, ódio, vingança, casamentos, mortes, festas, glamour... De tudo mesmo.
Eu tomei decisões muito dolorosas e muito fortes.
Passei metade do ano passado grávida, o que me fará lembrar deste ano pra sempre, com muitos detalhes. Estou ainda tão abalada por esse último ano que não consigo ter uma opinião sobre ele. Um pouco indescritível.
Na verdade CENSURADO!

?Pintura de Marion Peck?
Feliz Natal!

Pela primeira vez na vida eu montei uma árvore de Natal. Sozinha, quero dizer.
Já montei algumas com minha mãe, mas nunca para a minha própria casa. Eu demorei um pouco para fazer. Na verdade não me sentia muito a vontade com a situação, mas ao mesmo tempo me sentia bem prolongando a tradição. Senti-me bem vendo os presentes aos pés da arvorezinha e também senti que a Luiza iria gostar.



Fui para Minas Gerais! Fiquei muito feliz por ter entrado no estado pela primeira vez. Parece bobo, né? Mas eu piro nessas coisas.
Passamos a noite de Natal e mais 5 dias em Itajubá, uma cidadezinha pequena, cheia de parentes do Fred. Senti bastante vergonha, pois no Natal anterior eu e o Fred nem estávamos namorando direito e neste eu estava lá, super grávida, ganhando presentes e beijos de todo mundo. Imagina!
Choveu o tempo todo e passamos nosso tempo dormindo e comendo. No último dia fomos a uma cachoeira acessível. Linda a acessível. Nada melhor!

^ Ilustração de Sam Weber ^

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Segunda-feira, madrugada do dia 23 de junho de 2008, saindo do Soho Underground, nadando em "Coke Vanilla", sozinha e rindo a toa, meio sem destino, uma coisa aconteceu.
Tive certeza, ali mesmo, na rua, no silêncio, que estava grávida.
"É, estou grávida!"
Pensei ... "Não tenho carro, nem casa própria. Não sou casada, nem terminei uma das faculdades. Num tenho um emprego direito. E agora?"

Todos os tipo de xingamentos passaram pela minha cabeça. "Como pode ser tão burra?"
Sempre soube da existência das camisinhas, do coito interrompido, da pílula, da injeção, do diu, do diafragma, entre outros. Sempre soube. "Que burra ... Aiiiiii!"

Avisei o Fred, naquele estado, naquela mesma hora.
No dia seguinte corri na farmácia mais próxima e comprei o teste do xixi. Nas indicações de uso dizia para utilizar do primeiro xixi do dia.
Isso significava que teria que esperar terça-feira. Tudo bem ...

Terça-feira, 24 de junho de 2008, lá pelas 9h30 da manhã ...
Levantei, meio apurada, imaginando se o teste desse negativo. Xixi, potinho, fitinha do teste ... Após alguns minutos uma segunda faixinha de um rosa tão bonitinho apareceu.
Nunca tive uma esperiência daquele tipo sentada no vaso. O teste deu positivo de verdade.
Eu comecei a imaginar meu nenêm dentro de mim. A pele, os dedinhos, os pezinhos, as coxinhas ... Chorei e fiquei feliz da vida, por incrível que pareça.

Naquele instante eu comecei a amar a Luiza.

! Ilustração de Joe Ledbetter !
: 3 de dezembro :

Descobrimos que terei uma menina!
Tenho uma menininha dentro de mim. Já escolhemos seu nome ... Será Luiza.
Desde o inicio da minha gestação eu e o Fred sentiamos que seria uma menina. Tanto que quando pensavamos em nomes, nunca falavamos em nomes de pias. Pra você ver ...
Estamos muito felizes e minha cabeça não para de imaginar como será.
Neste ultrasom o médico disse que o nascimento será no dia 5 de março. Antes era dia 28 de fevereiro. Bom, tudo bem...



Mas até ontem já ouvimos de tudo.

Que minha barriga era de menino.
Que era barriga de menina.
Que eu tenho cara de mãe de pia.
Que com certeza seria menina.
Que se o bebê não pára quieto é menina.
Que se o bebê não pára quieto é menino.

Poxa, se as pessoas soubessem como é uma fase tensa, não fariam essas coisas. Demoramos muito para saber o sexo e isso é proporcionalmente equivalente ao crescimento da irritação.
Foram cerca de 27 semanas e 4 dias de curiosidade minha, do Fred, da família, dos amigos próximos e da geral. Não sei se as pessoas por não ter o que perguntar, perguntam do tempo de gestação, do sexo do bebê e do nome.
Eu tinha somente a resposta para o tempo de gestação e para as outras duas perguntas eu sempre respondia "Não sei ainda". Ficar cerca de 7 meses respondendo isso não é facil. Isso foi me deixando nervosa, pensei em fugir das pessoas.
Ficar se explicando para todo mundo é realmente algo muitíssimo aborrecedor. Ainda mais sobre uma situação que me acompanhava de dia, de tarde e de noite.

# Ilustração de Clio Chiang #

sexta-feira, 24 de outubro de 2008


Poucas novidades no meu quinto mês de gravidez.
Não tenho me aventurado muito, o que sinto alguma falta.
Estava acostumada a pensar no passado. Remoer sentimentos, indignar com milhares de atitudes impensadas.
É como se o passado tivesse sido apagado. Eu lembro de tudo e não me gabo muito.
Posso dizer agora que não me arrependo de nada que tenha feito. Nada ...
Isso é tão bom.
Eu já vivi tanta coisa. Foram 28 anos muuuuito vividos, divertidos, estressantes e engraçados.
Anos loucos, dos quais eu não me orgulho, nem me arrependo. Ótimo! Pra mim está de bom tamanho!

Ilustração de Tara McPherson

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


4 meses. Minha nossa, estou quase no meio da gravidez.
Sinto-me melhor, mais amada, menos medrosa.
Sozinha e nunca antes tão acompanhada. Vista de dentro.
Vista, virada, revirada por dentro. Dores, sonhos e mais sonhos. Noites conturbadas.
Tudo bem! É uma fase, né?

Tudo fica mais facil dessa forma.
A tal da fase passa, mas você fica com o pé nela, ou ela gruda como uma taxinha no chinelo.
Um passo meio torto e "ai", você sente a taxinha, lembra da tal da fase que você nunca quis passar.

Nas fases eu sempre procurei ajuda. No google, nos amigos.
Não há palavra, nada que ajude. Aquela mesma ladainha de que a resposta esta dentro de mim é a melhor ajuda.
Melhor e mais dificil.
Entender os problemas com os olhos dos outros é facil, dificil mesmo é enxergar com os proprios olhos a dimensão das coisas e ter força para resolver ... Sozinha.

Que vontade de gritar por ajuda. Entregar o fardo na mão de alguém e falar "Se vira!"
Muitas vezes eu fiz isso. Fui covarde varias vezes.
Exatamente por isso tem dias que tem sido dificil caminhar carregando essa barriguinha que nem pesa.
A minha coleção de taxinhas transformou meu chinelo numa peneira.
O que passa por ela é sangue. Meu sangue, de mais ninguém.

Ilustração de Kei Acedera

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Amanhã completo 3 meses de gravidez.
Menos enjoo e muitas coisas para pensar.
Depois que eu vi meu bebê no ultra som, eu comecei a andar diferente. Deitar, virar, pensar. Muita coisa mudou.
Tenho medo que ele fique desconfortavel, de ponta cabeça, ou sei la como.
Ganhei roupinhas, fraudas e parabéns.
Estou cheia de coisas pra fazer e minha mente esta travada. Não tenho nenhuma boa ideia.
Sinto medo. Solidão.
Sempre me falam pra pensar positivo, bla bla bla, mas como?
Eu nunca fui uma pessoa calminha, relaxada... Que saco.
Não como por dois, não tenho só pensamentos do bem.
Converso muito com o meu bebê e sinto que não há nada mais importante.



Sinto falta dos meus amigos, mas não do passado recente.
Nunca me senti tão responsavel pelo meu presente, pelo o que estou passando e como cheguei até aqui.
Vejo a falta de compromisso em todos os lugares e pessoas.
Sinto-me muito quente no frio, muito sem graça na alegria, muito realista para uma grávida.
Chata pra caraleo!
Por esse e outros varios motivos eu me escondi.

Ilustração de 80%

terça-feira, 15 de julho de 2008



Tenho um problema.
Eu.
Muitas vezes a gente acha que o problema está separado da gente.
Culpar o mundo a fora sobre os problemas é normal. Difícil mesmo é aceitar que o problema é você. Ou está em você.
Os outros, os outros, os outros.
Os outros, coitados, sempre foram um problema, não é?
Não, não é! Os outros coitados não são o problema!
“Eu mesmo entendo tudo, resolvo tudo rapidamente, tenho opinião e muita atitude.”
Eles não entendem, não resolvem, não tem opinião.
Hahahaha! Ah tá!

Opinião.
Esse é o meu maior problema, porque ele não muda.
Minha opinião não muda e isso me machuca bastante.
Julgo mesmo e não deixo de expressar minha satisfação ou insatisfação com as coisas.
Coisas vivas ou mortas.
Quando minha opinião não passa de uma teimosia orgulhosa é que ela fica mesmo. Não passa, não vai embora.
Ela me consome e se transforma em raiva.
Rancor não.
O rancor ocorre quando você é ferido e não reclama o sofrimento.
Rancor é a mágoa sem declaração da própria vontade.
Isso não corre. Pelo menos isso!
Minha boca normalmente não fica calada.
Esse é o problema!




# Ilustrações de Dan McCarthy #

segunda-feira, 14 de julho de 2008


Desejos, enjôos e sono.
Enjôos, sono e desejos.
Sono, desejos e enjôos.
É um bom resumo pras últimas semanas.
Resumo mesmo.
Vivo com a cabeça no futuro e no passado.
Futuro logicamente por causa do meu bebê.
Passado não muito logicamente, mas porque uma nostalgia enlouquecida tomou conta de mim.
Sentimentos passados. Cheiros, comidas, olhares, lugares, lágrimas que derramei.
Amigos que nunca mais.
Coisas se tornaram pequenas e outras se agigantaram. Sempre foi assim, 8 ou 80.
Eu mudei, mas não tanto, por enquanto eu acredito.

... Queria deixar aqui marcado, assim como tudo o que eu já escrevi, como eu amo meus amigos. Eles são poucos, muito poucos. Muito poucos e especiais. Lembro deles todos os dias e sinto muita falta.

" Arte de Проснись "

sexta-feira, 4 de julho de 2008




Drama Queen?
Devo ser mesmo. Eu deixei que pequenas coisas me fizessem chorar e passar mal.
Andei pela rua com os olhos embassados pensando na morte e na vida.
Senti dor por dentro e por fora.
Quis fugir.



Fugir é muito fácil. Você pode desaparecer, pode mentir, desconversar.
Pode atacar.
Atacar é a melhor defesa?
Não. Não quando as pedras são de sabão.
Minha vontade foi de cuspir na cara, mas cuspi pra cima mais uma vez.
Fiquei profissinal nisso.

Perdoar eu não aprendi ainda.
Esquecer também não.
Eu pareço tão forte, mas o que me fere vai tão fundo e machuca tanto que eu nunca saro, e vivo sofrendo, lembrando.
Difícil conviver comigo, tenho que adimitir. As vezes eu queria me livrar de mim mesma.
Fugir é tão fácil!
Você pode desaparecer...


" Pinturas de Josh Keyes "

quinta-feira, 3 de julho de 2008


Hoje eu completo 6 semanas de gravidez. Toda semana entro no site da UOL, no Guia do Bebê. Sinto-me bem amparada e bem aflita também.
Na 6ª semana o cérebro cresce e o coração já começa a bater. O embriãozinho é de 4mm.

Imagina minha cara!

Irei ao médico amanhã. Ir ao médico e levar uma facada é praticamente a mesma coisa.
Gravidez, amor de mãe ... Isso antes me remetia a coisas lindas, amor incondicional, essas coisas.
Amo meu bebezinho, mas o mundo barriga a fora tá tenso.
Ando na rua parecendo um cachorro. Eu sinto o cheio da pipoca, do pastel, do cachorro quente do outro lado da avenida.
É...Tá tenso!



! Ilustrações de Tiffany Bozic !

segunda-feira, 30 de junho de 2008



Queridos amigos, conhecidos e desconhecidos de plantão ...
Nesses 5 anos de blog eu nunca postei algo tão importante.
Parece mentira.
Pensei que pudesse ser um pesadelo, mas está sendo o melhor dos sonhos.
Sem muita demora anuncio que ...
Que ...
Que...

Serei Mamãe!
Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh! Bota fé?

Ai, dá até vontade de chorar!

Por umas 3 horas eu entrei em desespero porque havia atrasado um dia. Chorei pela rua, sem rumo. Briguei com o futuro papai, fiz fiasco.
No segundo dia corri na farmacia, fiz um xixi e pronto. Duas listrinhas rosinhas apareceram e minha mente esvaziou.
Esfriou tudo por fora e esquentou por dentro. Senti-me uma pedra de gelo na xícara de chá quente... Derretendo e boiando.
Repensei toda a vida. Todos os acertos e erros.
Imaginei a cara do meu nenêm... Os pés, as mãos, as unhinhas, o cabelo ...
Minha barriga crescendo, pré-natal, enjôos, estrias, meus peitos enormes, chá de bebê, parentes, parto natural, educar.
Corri na Lan avisar os parentes e amigos próximos.

"Sério?"
"Mentiiiira!!!"
"Ah! C tá brincando!"
E "Jesus tenha misericordia!"
Essas foram as primeiras frases que li sobre minha atual situação. Situação grávida.

A essa altura eu já estava radiante. Estava e estou tão feliz que achei que a opinião dos outros não me afetariam, mas afetaram.
Sempre fui muito nervosa e mais do que nunca as pequenas coisas não são pedras no meu caminho, que eu normalmente dou um kick e elas somem. Agora as pedrinhas parecem colinas, morros, montanhas e afins.

Minha sorte é que o futuro papai, o Fred, me ama e estamos cheios de ideias e planos.
Ideias nunca mais mirabolantes. Chegou a hora de brincar de casinha, mas dessa vez com panela de pressão.



% Fotos de Catherine Ledner %

domingo, 22 de junho de 2008



¨ GR2 ¨
...

Ontem foi aniversario da Kitinete.
Os amigos estavam lá. Amigos, conhecidos e futuros amigos, com certeza!
Depois de lá, party people colou no La Lupe. Fechamos o bar!
Depois do La Lupe, Roxy.
Nunca havia pisado lá. Achei ótimo!
Dancei muito, como sempre. Fechamos o bar!

Essa mania de fechar o bar, o próprio e dos outros, está virando mania.
Meus amigos não param até ver o fim das coisas. Fico lá pra presenciar tudo, certamente.
Excesso de diverção, distância da realidade.
O sol está sempre presente.
Quando a porta se abre a verdade doi.
Vejo quão sujo estão meus tênis e que minha pele, essa sim, não está tão ótima como às 19h do dia anterior. Cheiro de cigarro na blusa.
A cama parece um paraiso. Opa! Tem dias que parece um purgatório. Inferno, talvez...
Aquele momento insônia infernal parece a minha última oportunidade de purificação.

Dano cerebral!
Euforica, eu?
Agressiva, eu?
Pupila gigante.
Delirios e tremores de terra.
Insônia.
Num quero isso pra mim não!
Hummm... Quem sabe outra hora?

? Pinturas de Kelly Vivanco ?

quinta-feira, 19 de junho de 2008


Fim de namoro.
Não há como fugir das lágrimas. Difícil é deixar a posse de lado.
Estou me saindo bem.

Fui no show do B Negão e os Seletores de Frequência.
Amei.
Bernardo tocou lá no Kitinete. Amei também.
Flagra o site, que graça!



Sem grana, sem lar.
A vida não mudou muito, mas aos poucos eu sinto uma distância crescendo entre o “agora” e o “daqui duas semanas”.
Tanta coisa pra escrever, mas perdi a intimidade. Uma pena.


( Pinturas de Aaron Nather )

quarta-feira, 4 de junho de 2008


Estou em Curitiba faz uma semana.
Já sumi e já apareci. Chorei, Sorri...daquele jeito de sempre.
Poucas coisas aconteceram do jeito que imaginei. Isso é um suplício.
Esperar o tempo passar.
Ontem adquiri um trompete. O Toshiro, não posso deixar de mencionar, foi muito legal comigo.

-> Muito Obrigadaaaa!

Eu não sei o que escrever, porque não sei o que esperar das próximas horas e cansei da expectativa. Cansei dessa merda de expectativa.
Chega!
Beijo!




* Pintura de Dan May *

domingo, 25 de maio de 2008


"William Claxton is perhaps the greatest photographer of the jazz scene."
Afterimage Gallery

Voltei lá no começo do meu blog pra dar uma ajeitada. Naquele tempo não era possível "uploadar" imagens, então muitos links se quebraram. Uma pena ... Todas as imagens que coloco aqui têm um significado pra mim. Difícil entender, mas enfim.
Acredito que nessa arrumação verei alguns sites como esse da Galeria Afterimage. Simples mas muito legal. É isso que importa!
Poxa, como eu gosto do meu blogzinho. Queria tanto que ele tivesse vida.

sábado, 24 de maio de 2008


Dois mil e oito está tocando horror na minha vida.
Senhor! Essa semana deveria ter sido muito alegre, né?
Feriado prolongado, blá blá blá.
Dia 22 foi o Dia Internacional da Biodiversidade.
Mas minha vontade era de sair na rua para testemunhar publicamente a veneração ao meu Santíssimo Umbigo, principalmente na solenidade do Corpo e Sangue de quem Vos escreve.
Sim, sinto-me uma Deusa!



( Artes de HAVEC )

Segredo do cofre. Discrição, você, holofote.
O que eu oculto é sujo
Não posso dizer.
Mistério. Confidência. Nenhuma decência.
Esconderijo.
Meios e resultados.
Sentimentos excessivos, conturbados.
Sem tino, nem juízo.
Sem prudência, só carência.
Propósito da vida sem ida.
Vida sem volta.
Instinto, idéias e correntes. Excesso eminente.
Sentimento carnal. Amor ardente.

! Ilustração de kozyndan !

Defeito meu esperar que as pessoas que amo cumpram o que falam.
Não por mim, mas por elas.
Dói ver o brilho nos olhos e ouvir a ilusão na voz. Machuca a mim.
Sinto-me no dever de alertar e tomar partido.
Já me ferrei muito tomando as dores dos outros e mesmo assim eu não aprendi.
Defeito meu esperar que eu tenha a resposta pra os problemas dos outros.
Não por eles, mas por mim.



¨ Ilustrações de Schmidt Ville ¨
Sabe quando você tem certeza de alguma coisa trágica, planeja sua vida em cima daquilo, se vê daqui 10 anos, bola estratégias, não dorme direito. Sabe? E de repente aquela coisa não existe e você fica aliviado de ter sua vida normal de volta em suas mãos. Sabe?
Pois saiba que com a própria vida não se brinca, muito menos com a vida dos outros.
Bom se fosse fácil como tomar um remédio.
Bom se fosse fácil assim.
Bom se fosse fácil assado.
To rindo? Não!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Conseqüência de uma consciência pesada.

Se eu pudesse ser franca com você... eu seria e me livraria de todo mal, pagando por ele. O acumulo de sentimentos inacabados está fazendo eu seguir a vida lamentando. Eu tenho o que não mereço. Lamento cada segundo que vivo fazendo o que não quero para poupar o sofrimento alheio. Sempre tive uma mente aflita e me entristece constatar que ela não muda. Quando eu recorro a você não me resta mais nada do que uma auto-avaliação. Meu muro de lamentações virtual está riscado de tristeza e falta de auto-compreensão.
A dor aparece quando realizo que estou só, e somente eu posso tomar conta de mim. E somente eu posso fazer mal a mim mesma. A responsabilidade sobre o meu estado de consciência se torna cada vez mais pesado. Remorso. Tenho uma deficiência no quesito valorizar o próximo. Remorso sem arrependimento me figura muitíssimo bem.