quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Segunda-feira, madrugada do dia 23 de junho de 2008, saindo do Soho Underground, nadando em "Coke Vanilla", sozinha e rindo a toa, meio sem destino, uma coisa aconteceu.
Tive certeza, ali mesmo, na rua, no silêncio, que estava grávida.
"É, estou grávida!"
Pensei ... "Não tenho carro, nem casa própria. Não sou casada, nem terminei uma das faculdades. Num tenho um emprego direito. E agora?"

Todos os tipo de xingamentos passaram pela minha cabeça. "Como pode ser tão burra?"
Sempre soube da existência das camisinhas, do coito interrompido, da pílula, da injeção, do diu, do diafragma, entre outros. Sempre soube. "Que burra ... Aiiiiii!"

Avisei o Fred, naquele estado, naquela mesma hora.
No dia seguinte corri na farmácia mais próxima e comprei o teste do xixi. Nas indicações de uso dizia para utilizar do primeiro xixi do dia.
Isso significava que teria que esperar terça-feira. Tudo bem ...

Terça-feira, 24 de junho de 2008, lá pelas 9h30 da manhã ...
Levantei, meio apurada, imaginando se o teste desse negativo. Xixi, potinho, fitinha do teste ... Após alguns minutos uma segunda faixinha de um rosa tão bonitinho apareceu.
Nunca tive uma esperiência daquele tipo sentada no vaso. O teste deu positivo de verdade.
Eu comecei a imaginar meu nenêm dentro de mim. A pele, os dedinhos, os pezinhos, as coxinhas ... Chorei e fiquei feliz da vida, por incrível que pareça.

Naquele instante eu comecei a amar a Luiza.

! Ilustração de Joe Ledbetter !

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