quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Saber não vale de nada quando não se sabe agir.



Sinto-me péssima por me sentir incapaz de algumas atitudes mais adultas e racionais, quando muito necessário.
Ser adulta e racional assistindo TV é facil. Amenizar, acalmar, ajeitar, colocar as coisas em seus lugares e tomar a decisão mais certa nos momentos tensos é que é difícil.
Queria 1 min de compreensão. Ser ouvida sem interrupção.



Blog:.
De todos os posts, acredito que comecei cerca de 40% aos prantos, sem enxergar as teclas, como hoje. Lá pela 100ª palavra eu melhoro. Algumas vezes eu nem posto o que escrevo, por vergonha ou medo de parecer muito sensível... Um desabafo.

Psicólogos e Psiquiatras:.
Nunca me dei bem com ambos. Por um momento, entre uma sessão e outra, eu percebo que estou conversando com um ser humano, com defeitos, traumas, preconceitos, etc. Quando isso ocorre eu perco totalmente o respeito. É incrível!

Amigos:.
No exato momento não tenho ninguém muito presente. Alguém para ligar, conversar ... Distrair, ver o lado menos negativo da vida.
Amigo? Amiga? Não... não agora. Talvez quando eu não precisar.

Falam para eu não ficar triste, porque a Luiza sente.
Por que ninguém nunca me diz como fazer isso?
Já me falaram que é falta de Deus, fase, doença mental, aura azul, tudo... Menos uma solução.

Nessas horas, quando não vejo uma saída e me sinto bem perdida, deparo-me com uma certa verdade. A Espera.
Esperar compreensão, esperar ser valorizado, esperar um carinho, esperar alguém, um bebê, uma ligação. Essa aflição doi demais.
Sempre procuro me policiar, para não esperar nada de ninguém. Só quando fico triste e me sinto sozinha percebo que vacilei comigo mesma. Dormi no ponto e sonhei.

: Ilustração de MKT4 :

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009



"O tempo passa. O tempo voa."
Continuo numa boazinha, cultivando a paciência do oitavo mês de gestação.
Esse retiro me deixou um pouco amarga.
Minha vida atualmente não tem 80% a ver com a vida de 8 meses atrás. Uma vida perdida, sem base, cheia de diversão.
Já fui muito capaz de me divertir sozinha e agora sinto alguma dificuldade com isso. Sempre procuro constatar que a culpa é minha, não exatamente sobre isso, mas sobre tudo o que acontece ao meu redor.
Até agora engordei 9,5kg, não me sinto muito mal com isso, mas não vejo a hora de poder me movimentar livremente, ir e vir, subir e descer ... Sei que estou toda limitada e como passo muito tempo sozinha começo a não me sentir muito ótima.
Nunca gostei de almoçar, lanchar ou jantar sozinha. Eu gosto de ter alguém me vendo usando os talheres, mesmo que não me acompanhe.
... Que carência...



Essas pequenas coisas se acumulam, junto a ansiedade de ter a Luiza comigo, e os dias se tornam dificeis.
A chegada da Luiza, trará um enorme alivio físico, fará das minhas tarefas algo motivado e não obrigatorio. É isso que eu quero.
Cultivar o vazio de fazer as coisas por fazer, por necessidade ou obrigação, foi algo que eu literalmente fugi minha vida toda, e hoje ela se parece muito com isso.
Essa situação me perceguiu por muito tempo, me deu rasteiras, mesmo na velocidade de uma tartaruga. Hoje eu me movimento como uma lesma, e essa realidade magoa.



Minha sorte, e as vezes o que me faz sorrir, é saber que eu sou muito capaz de mudar o meu mundo, de uma hora pra outra. Pra melhor, ou pior ...
Nesse momento de crise o melhor é esperar. É uma fase,né?
Mais uma!

# Ilustração de Béatrice Billard #