terça-feira, 15 de julho de 2008
Tenho um problema.
Eu.
Muitas vezes a gente acha que o problema está separado da gente.
Culpar o mundo a fora sobre os problemas é normal. Difícil mesmo é aceitar que o problema é você. Ou está em você.
Os outros, os outros, os outros.
Os outros, coitados, sempre foram um problema, não é?
Não, não é! Os outros coitados não são o problema!
“Eu mesmo entendo tudo, resolvo tudo rapidamente, tenho opinião e muita atitude.”
Eles não entendem, não resolvem, não tem opinião.
Hahahaha! Ah tá!
Opinião.
Esse é o meu maior problema, porque ele não muda.
Minha opinião não muda e isso me machuca bastante.
Julgo mesmo e não deixo de expressar minha satisfação ou insatisfação com as coisas.
Coisas vivas ou mortas.
Quando minha opinião não passa de uma teimosia orgulhosa é que ela fica mesmo. Não passa, não vai embora.
Ela me consome e se transforma em raiva.
Rancor não.
O rancor ocorre quando você é ferido e não reclama o sofrimento.
Rancor é a mágoa sem declaração da própria vontade.
Isso não corre. Pelo menos isso!
Minha boca normalmente não fica calada.
Esse é o problema!
# Ilustrações de Dan McCarthy #
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
O que tu chama de problema eu chamo de personalidade, e � isso o que te torna t�o especial!
Saudades de ti guria!
=o***
Como eu queria ter esse problema que vocë tem...
Parabens pelo bebe
Giu
haha...engraçado que uma amiga minha me perguntou ontem: "qual o seu problema?" (porque estava muito irritada e meio sombria) Eu respondi: "EU! EU sou o problema"
E eu tenho esse mesmo problema que o seu, porém o guardo dentro de mim e fico tão fragilizada para qualquer coisa do meio que acabo sofrendo uma implosão!
Acho que o segredo é medir as palavras e ter empatia com o outro para que (quando essa nossa opinião está quase dando um murro na pessoa)não extravase de uma forma que afete a pessoa de uma forma hipócrita e injusta.
Você concorda?
Beijos!
Ilana
Postar um comentário