quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

nenem

Que calor do caramba!
Meu bronzeado de caminhoneira está lindo. E não existe “caminhoneira” no dicionário do Word, só caminhoneiro. Que bosta, hein?
Quando eu tomo consciência de como é difícil viver, eu acabo pensando no meu neném, que não sei se vai nascer.
Bom, ter ou não ter?
Será esse desejo um capricho meu? Será que vale a pena colocar algum no mundo pra se apaixonar? Procurar emprego? Passar no vestibular? Virar Hippie? Fugir de casa? Ver tv? Viciar na internet?
Será que eu não quero um neném pra prolongar minha existência e ter a chance de ter sucesso no que fracassei?
Eu sonho em ficar grávida. Aquele barrigão, óleo de amêndoas. Engraçado, não quero as dores, tonturas e desejos. Isso não.
Quero alguém pra me amar. E se não me amar?
Quero alguém que dependa de mim. E se não?
Quero alguém que tenha alguma coisa minha. Meu nariz, minha boca, minha cor, o que for.
E se não tiver naaaaaaaada a ver?
“E se não?”, eu vou amar igual e vou esquecer tudo. Vou amar como nunca amei. Corro o risco de ficar cega.
Já que não está na hora, pra que me descabelar?

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